Angel Eyes



Finalmente quebramos o nosso jejum de mais de um mês sem ir ao cinema! E pegamos o filme na última sessão do último dia em cartaz naquele teatro! Tivemos um dia tórrido de 106F e estávamos animados para passar duas horas num ambiente ultrageladinho, mas para a nossa surpresa quando chegamos para comprar os ingressos lemos o bilhete afixado no vidro da bilheteria: "Nosso ar condicionado não está funcionando. Desculpem a inconveniência". Oh, shut! A bilheteira nós avisou que se não conseguíssemos ficar na sala, ela nos daria o dinheiro dos ingressos de volta. Já estávamos lá, então entramos. A sala não estava tão quente, mas tivemos que nos prover com uma garrafa de água gelada, para refrescar e hidratar. Nunca pensei que um dia iria passar por essa!

O filme..... ai, como eu vou explicar a trama e por que resolvemos assisti-lo.

A J. Lo é uma cop em Chicago. Ela é durona, não dá mole pros bandidos e dá porrada quando ouve piadinhas sexuais. Ela é machona [mas usa umas roupinhas justinhas...} e viciada em trabalho. Gosta de fazer os turnos da noite, porque tem insônia. Não consegue passar do primeiro encontro com nenhum homem. Ela é realmente uma estranha, mesmo sendo linda, loira e sexy. Logo iremos saber o por que disso tudo. É que o pai da J. Lo, apesar de ser um homem exemplar para a sociedade e para os filhos, secretamente baixava a lenha na pobre da Sônia Braga, que apesar de tudo tinha um amor incondicional por ele. Isso revoltou a J. Lo, que um dia não agüentou ver a Soninha levar uns trancos e chamou a polícia. O pai foi preso, humilhado e a esconjurou. O irmão [que também foi um dos irmãos Menendez - esse ator vai ficar marcado!] acaba seguindo o mesmo caminho do pai e também deixa um olhão roxo na esposa, que não quer nem a polícia, nem a J.Lo por perto. Bom, a situação familiar da Lo é desanimadora.... como também é a sua vida pessoal e sentimental.

Bom, esqueci de dizer que o filme começa com a J.Lo segurando a mão de um acidentado num carro. Ela diz 'stay with me! stay with me!'. Concluímos que quem quer que fosse ali no carro estraçalhado, salvou-se, graças às palavras e força emocional da Lo.

Um dia, perseguindo sozinha uns bandidos realmente malvados, ela entra numa bela confa, quando o mais ruim deles dá um tiro à queima-roupa no seu peito e quase termina o serviço de vingança, se não fosse pelo andarilho James Caviezel [fiquei com a impressão de que era o mesmo personagem que ele fez em Pay it Forward - o mendigo drogado], que pula em cima do bandido e salva a J.Lo da morte certa [ah, ela estava usando um colete a prova de balas, então o tiro no peito não a matou]. Os dois iniciam um romance estranho, porque ela é durona e ele é delicado e carente. Ele não tem passado e a J.Lo logicamente fica com a pulga atrás da orelha e vai investigar.

O filme é uma mistura de cenas envolvendo a família desestruturada da J. Lo, com romance e problemáticas emocionais entre a Lo e o Caviezel [que parece que nunca toma banho, nem faz a barba] durante duas intermináveis horas. A Sônia Braga está deprimentemente envelhecida. Não lembra em nada aquela imagem da Gabriela, linda e simples, subindo no telhado da pequena cidade baiana, pra pegar uma bola. O que aconteceu com o símbolo sexual do Brasil? Ela fez Hollywood.

Angel Eyes é um filme fraco e chato. Fui pra ver a Sônia Braga e o resto foi só encheção de lingüiça.




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