|The Chatterbox| 06/17/2001 Entry: "U$17!" Quanto custa uma garrafa de Pinga 51 no Brasil? Numa lojinha em North Beach, San Francisco, uma garrafa de 1 litro custava $17 e poucos dólares........... |
|||
5 comentários |
|||
CACHAÇA HAVANA, SALVEM O MITO Roberto Carlos Morais Santiago (*) Em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, o Sr. Anísio Santiago começou a produzir a aguardente Havana, em sua propriedade rural, no Município de Salinas - MG, que ao longo das últimas décadas passou a ser referência nacional no segmento aguardente artesanal. De excepcional qualidade, tendo em vista que a sua produção é artesanal e limitada, a aguardente Havana é tida pelos especialistas como uma das melhores e mais famosas do Brasil. A aguardente Havana, sem dúvida alguma, contribuiu para elevar o status quo desta bebida genuinamente brasileira que, hoje, vem tendo o seu consumo aumentado de forma significativa. Beber cachaça, hoje, é tão elegante quanto beber uísque, vinho, vodka ou outra bebida considerada mais tradicional. Indubitavelmente a cachaça está para o Brasil como o uísque está para a Escócia e a vodka está para a Rússia. São verdadeiras bebidas nacionais. Ao longo do tempo a aguardente Havana tornou-se a mais elitizada do gênero, sendo reverenciada por personalidades como Ronald Reagan (ex-presidente dos EUA), François Miterrand (ex-presidente da França), Fidel Castro (atual ditador de Cuba), Hélio Garcia (ex-Governador de Minas), dentre outras não menos importantes. Inúmeras reportagens em TV, jornais e revistas foram feitas em forma de reverência a esta bebida que, sem dúvida alguma, tornou-se um mito. Poucos produtos nacionais conseguiram tanto respeito e admiração pelos consumidores apesar de sua produção restrita. A demanda pela bebida sempre foi superior à sua oferta no mercado. Entretanto, recentemente, a empresa cubana Havana Club Holding S/A, notificou o Sr. Anísio Santiago proibindo-o de comercializar o seu produto com o nome Havana alegando que é proprietária da marca. De fato, consultando o site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI (www.inpi.gov.br), do Ministério da Indústria e Comércio, há o registro da marca Havana Club em nome desta empresa, concedido em 27/12/1994. Porém, em 30/06/1989, o Sr. Anísio Santiago, através de sua empresa Indústria e Comércio de Aguardente Havana Ltda. solicitou o registro da marca Havana tendo o seu pedido considerado inviável em 26/06/1990 e arquivado em 30/01/2001, pelo INPI. Ora, a empresa Havana Club Holding S/A, dona da marca Havana Club, comercializa rum (bebida caribenha). Não comercializa aguardente. Não há concorrência entre as bebidas. Por que, então, o INPI não concedeu o registro da marca aguardente Havana ao Sr. Anísio Santiago? Tecnicamente é possível haver o registro das duas marcas, cada um na sua especialidade. Na verdade, quem causou esta confusão toda foi o INPI, que faz o registro de marcas pelo nome genérico de bebidas. Ora, existem inúmeros tipos de bebidas como aguardente, rum, tequila, uísque, champanhe, cerveja, refrigerante, suco, etc. O INPI simplesmente aceita o registro de marcas abrangendo todos os tipos de bebidas de forma genérica. E, mais, o Sr. Anísio Santiago requereu o registro de sua marca. Ele tem o direito de comercializar o seu produto como o nome Havana, tendo em vista que a comercializa desde 1943, antes mesmo da própria existência do INPI. É uma tradição, é um direito adquirido. Se o INPI não concedeu o registro não se sabe qual o motivo. No mínimo cometeu uma heresia. Restou ao Sr. Anísio Santiago buscar os seus direitos na justiça, onde já está tentando reaver a marca Havana que utiliza desde a década de 40 do século passado. Enquanto se aguarda a manifestação do judiciário, quem quiser degustar uma das melhores aguardentes do Brasil terá que adquirir a AGUARDENTE DE CANA ANÍSIO SANTIAGO em substituição da aguardente Havana. Paralelamente, seria importante que a imprensa, as autoridades mineiras e, sobretudo, o povo de Salinas, não aceitem que a marca aguardente Havana seja excluída do mercado, mesmo que, atualmente, o produto esteja sendo comercializado com o nome do seu criador. O Governo de Minas e a Assembléia Legislativa do Estado, que tem estimulado a produção de aguardente artesanal de qualidade através do Pró-Cachaça, deveria se posicionar e exigir que o INPI concedesse o registro da marca aguardente Havana ao Sr. Anísio Santiago tendo em vista que o seu produto é referência no Estado. A AMPAQ - Associação Mineira dos Produtores de aguardentes de qualidade, também, deveria se posicionar a respeito, tendo em vista que é uma associação que defende a produção artesanal de cachaça de qualidade em território mineiro. O povo de Salinas, também, através dos seus representantes (Prefeitura e Câmara dos Vereadores) e dos produtores de aguardente de cana do município, através da ASPAQ – Associação Salinense dos Produtores de Aguardente de Qualidade, deveriam fazer um manifesto junto ao INPI exigindo o registro da marca aguardente Havana, tendo em vista que a bebida já faz parte do patrimônio cultural do município. Hoje, aguardente Havana e Salinas são sinônimos. A cachaça é, hoje, o principal cartão de visita do município. Não é sem razão que o município é considerado a capital nacional da cachaça de produção artesanal tendo a cachaça Anísio Santiago/Havana como precursora. (*) Economista, é neto de Anísio Santiago Roberto Carlos Morais Santiago @ 12/06/2001 08:10 AM Vocês estão comprando pinga no botequim errado! R$1,00 na esquina de casa! :) Fred Leal @ 06/19/2001 04:18 PM
Oi Fer! Beijo, Norbies @ 06/19/2001 08:15 AM Oi, Fer! Saiu a seguinte notinha da Veja desta semana (e recorro a ela porque definitivamente cachaça não é minha especialidade.) É uma comparação entre as cachaças comuns e as de "grife": Comum: R$2,00/garrafa Anísio Santiago: R$180,00/garrafa; 36 horas de fermentação; envelhecimento de 8 anos; nãoleva nenhuma substância química, apenas cana-de-açúcar triturada e farinha de milho torrado; pridução anual: 8500 litros. CC Carla Cintia @ 06/18/2001 12:50 PM
Oi Nega, Leandra @ 06/18/2001 04:44 AM |
|||
|