|The Chatterbox|

08/25/2001 Entry: "family matters"

Sunny and hot - Hi 96° F/35° C
Churrasco dos Bras-Aggies às 4pm no Orchard Park [vai estar um ‘forno’ e vamos nos sentir num churrascão de verão! Mas é tão bom e divertido!]

Eu não tenho saído de casa, porque estou fazendo um trabalhinho! ;-) Outra coisa boa e divertida! ;-)

Minha mãe ligou ontem e conversamos um pouco. Ela quer que tudo fique bem aqui e até meus traumas de infância [quando eu era chamada de ‘diaba’ – por quê será, não?] ela quer minimizar. Coisa de mãe. Eu fiquei chateada, porque ela disse que as fotos nossas que eu mandei pra família do Ursão ainda estão lá...... Eles moram a quatro quarteirões de distância da casa dos meus pais. Eu não consigo compreender esse descaso, mas foi sempre assim. Eu mandava um presente e eles demoravam um mês pra ir buscar, ou não avisavam que tinha chego [pelo correio] e eu aqui como louca, pensando que o pacote tinha extraviado. Quase dez anos vivendo longe da gente e eu posso contar nos dedos de uma mão as vezes que recebemos cartas, fotos ou telefonemas deles. Tudo sempre parte de nós e eu sinceramente cansei disso.... Essas coisas chateiam, pelo menos eu me chateio, porque a minha família participa da nossa vida: visitam, telefonam, escutam os problemas. Ficar de fora assim da vida de um irmão ou de um filho é muito estranho.

Eu estou chegando num ponto da minha vida em que eu quero qualidade nas minhas coisas. Isto também incluí qualidade de relacionamento com pessoas. Eu ando chata, escolhendo muito, porque não suporto mais não ser cuidada, sacam? Tem aquele lance clichê do livrinho do Pequeno Príncipe, onde a raposa diz que a amizade tem que ser cultivada, como se cultiva um flor, é isso mesmo? Bom, é assim que eu ando me sentindo sobre amigos e família. Tem que cultivar! E eu sinto que muitas vezes a amizade não é recíproca, não é cultivada como deveria. Quando eu faço isso, me toco que não devo ficar fingindo que sou amiga, porque definitivamente a pessoa não tem nada a ver comigo. Isso acontece. É normal. O único ‘porém’ é quando a pessoa é da família, pois daí o bicho pega fortíssimo e nos deixa realmente confusos.

Estar como um peixe fora d’água em quase tudo na vida já virou coisa normal pra mim. Quando será que eu vou achar a minha ‘turma’, a minha ‘tribo’?? No dia de São Nunca, pelo jeito!!! ;-) A Yedim já me explicou que isso está no meu mapa astral - Até Tu, Jupiter!!!! :-)




2 comentários

Querida Luzinha!

Minha mae vive me falando exatamente a mesma coisa! Ela tambem teve uma depressao brava, uns 12 anos atras, e dai mudou radicalmente a postura dela com relacao a muita coisa [relacionamentos, principalmente] e hoje ela esta feliz da vida, porque nao estressa mais com gente! Eu preciso fazer o mesmo!! Nao quero me isolar, mas nao quero me importar com quem nao ta nem ai comigo! Nao tem uma musica do Robertao que diz algo como 'agora eu so vou gostar de quem gosta de mim'?? :-) Piegas pra cacete, mas eh uma grande sacada!!!! Ha Ha! Beijao pra voce!!

Fer @ 08/26/2001 02:03 PM




oi, queridíssima, tais bem? aqui estamos todos. tipo, como tu já leste no meu blog, depois daquele lance de depressão eu mudei radicalmente minha vida social, incluindo família, amigos, agregados e afins. passei a me preocupar mais com a minha própria vida, a prestar atenção nas minhas coisas e num dou mais bola prá ninguém. num faço visitas, num telefono, num pergunto, num nada. e te confesso que, apesar de parecer muito egoísta, nojento e até asqueroso da minha parte, eu me sinto bem mais feliz ficando, LITERALMENTE, na minha. é estranho, mas às vezes isolado a gente vive melhor. por que será? um grande beijinho.

Luzinha @ 08/26/2001 01:19 PM






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