Requiem for a Dream



O filho vende o aparelho de televisão da mãe e usa o dinheiro para comprar. A mãe vai até a loja de quinquilharias e compra a tevê de volta. Essa é a rotina da viúva Sara Goldfarb [Ellen Burstyn] e seu filho único Harry [Jared Leto]. Sara é viciada em televisão e açúcar e Harry é usuário de todo tipo de droga. Cada um vivendo no seu mundo de obsessões. O vício pode mudar a vida de alguém de muitas maneiras.

Harry namora a designer Marion Silver [Jennifer Connelly], que tem família e amigos ricos. Com o amigo Tyrone C. Love [Marlon Wayans], Harry inicia uma carreira de fornecedor de drogas, que parece ir de vento em popa. A vida de Harry não existe sem as drogas. Quando tudo começa a dar errado, o buraco fica infinitamente profundo e escuro.

Requiem for a Dream do diretor Darren Aronofsky é um filme alucinante. As imagens e as cenas são cortadas, coladas e repetidas, a montagem é acelerada e a trama se desenrola numa rapidez catastrófica. Não se duvida que o destino das personagens será trágico. Todos os clichês sobre o mundo das drogas e seus usuários estão presentes, mas Aronofsky transforma o óbvio em original.

Depois de assistir Requiem for a Dream, finalmente compreendi que a premiação do Oscar não pode ser mesmo levada a sério. Preterir o trabalho sublime que a atriz Ellen Burstyn fez neste filme, pelos requebros da bobona Julia Roberts na categoria de Melhor Atriz , foi uma terrível injustiça. Darren Aronofsky escolheu muito bem os atores para o seu filme e com eles contou uma estória perturbadora e inesquecível, transformando Requiem for a Dream numa pequena e delicada obra-prima.




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