Return to Me



Return to Me é aquele tipo de comédia romântica que pode ser comparada a tomar um cházinho com biscoitos numa linda tarde ensolarada de domingo. É leve, gostosa, charmosa divertida e não pesa no estômago. Um filme para se rir e chorar delicadamente, sem efeitos colaterais nem contra-indicações.

David Duchovny é Bob, um arquiteto que perdeu a esposa amadíssima num acidente de carro e desde então vive em uma tristeza e irritação perpétua.

Minnie Driver é Grace, uma artista que tem uma deficiência congênita no coração e faz um transplante - voltando à vida normal graças ao coração recebido numa doação anônima.

Bob e Grace são dois solitários - ele por opção própria, ainda de luto pela perda da esposa; ela por não encontrar a pessoa certa, que compreenda suas seqüelas físicas e emocionais de estar vivendo com um coração alheio.

Um dia Bob aceita o convite do amigo para um 'double date', com este, a namorada e sua amiga. O encontro acontece no restaurante Italiano, que pertence ao avô irlandês de Grace (que tem sociedade no negócio com seu cunhado italiano, numa inusitada mistura, formando o primeiro e único restaurante irlandês-italiano de Chicago!). Os caminhos de Grace e Bob se cruzam várias vezes, até que eles começam a namorar e consequentemente chegam à revelação da proveniência do novo coração de Grace.

Return To Me é uma linda estórinha de amor, e tem um elenco de apoio bem afinado, que é responsável pelas melhores risadas do filme. O grupo de velhinhos que joga baralho no restaurante irlandês-italiano toda noite com o avô (Carroll O'Connor) e o tio-avô (Robert Loggia) de Grace é uma pitada extra de humor e charme. O casal amigo de Grace (Bonnie Hunt - que é a diretora do filme - e James Belushi) fazem as piadas estilo familiar, com as peraltices das crianças repetindo os palavrões acidentalmente ditos pelo pai. O final é clássico, com o mocinho sofredor buscando pela mocinha melancólica em um lugar distante, e termina com a cena do casamento - só não posso dizer de quem!