Shallow Hal
Os irmãos Farrelly estão menos escatológicos e um pouco mais sensíveis. Mas continuam na sua saga politicamente incorreta, recheando seus filmes com freaks de todo tipo. Em Shallow Hal, eles tentam dar a lição de moral, de que aparência não é tudo e fazem rir, como sempre. Mas a sensação de desconforto persiste. Não sei se vai ter gente reclamando deste filme, como aconteceu com Me, Myself & Irene, mas chances existem!
Hal [Jack Black] é um cara superficial, que só procura namoradas esteticamente perfeitas. Num encontro com um ‘guru’ num elevador, ele é hipnotizado para dali em diante só ver a ‘beleza interior’ das pessoas. Ele então começa a ver mulheres lindas, que aceitam todas as suas investidas e convites. Claro que elas não são lindas, como Hal as vê, mas sim verdadeiros jaburus. Ele então conhece Rosemary [Gwyneth Paltrow], que é uma gigante de 150 quilos, mas ele a vê linda e esbelta..... Metade do filme se passa com as piadas de Hal vendo Rosey linda e o resto do mundo a vendo como ela realmente é. A porca torce o rabo quando o amigo Mauricio [Jason Alexander] desfaz o hipnotismo. Hal, Mauricio e o público vão então aprender a lição de que ‘quem ama o feio, bonito lhe parece’ e que freaks são os melhores amigos. Apesar do filme trazer uma mensagem positiva, ficamos com uma sensação estranha de que algo está errado. Preferimos ver a Gwyneth Paltrow ao natural, sem a fat suit.......
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